O Carnaval está a todo vapor, e os bloquinhos já tomam conta das ruas do país, oferecendo uma variedade de atrações para os foliões. Assim, entre as opções de compra de bebidas, os vendedores ambulantes surgem como alternativa prática. No entanto, é crucial atentar-se à higienização do isopor e seguir alguns cuidados para garantir uma festa livre de contaminação e complicações gastrointestinais.
Riscos ocultos de contaminação nas embalagens
No meio da folia, a busca por bebidas muitas vezes recai sobre os vendedores ambulantes. Contudo, é necessário ter em mente que a contaminação por patógenos, como Salmonella, Escherichia coli e Staphylococcus, pode representar uma ameaça à saúde. A professora Jeane Facioli, do curso de Biomedicina do Centro Universitário São Camilo, destaca a importância de alguns cuidados para evitar problemas de saúde durante o Carnaval.
Higienização adequada evita a contaminação
A higienização do isopor utilizado pelos vendedores ambulantes é um aspecto crucial para evitar a propagação de micro-organismos. Jeane Facioli alerta para a necessidade de verificar não apenas a produção do gelo, mas também a qualidade da água utilizada e a condição de higiene do isopor. É fundamental garantir que tanto o gelo quanto o recipiente de armazenamento estejam em conformidade com as normas sanitárias vigentes.
Cuidados no manuseio
A manipulação inadequada das bebidas por mãos não higienizadas é um fator crítico que compromete a qualidade do produto. Jeane Facioli destaca que a combinação de isopor sujo, gelo feito de água clandestina e manipulação inadequada aumenta significativamente o risco de contaminação. Além disso, a professora enfatiza a importância da higiene pessoal, tanto para vendedores quanto para consumidores.
Evitando riscos ao consumir na embalagem
A prática de consumir diretamente na embalagem pode ser uma via de proliferação de microorganismos, aumentando os riscos de contaminação. A professora Jeane Facioli recomenda observar a higienização do vendedor ao segurar a bebida e evitar o contato direto da embalagem com a boca. Dispor de guardanapos e copos pelos vendedores ambulantes é uma prática essencial para reduzir os riscos associados a essa forma de consumo.
Alternativas inteligentes para evitar a contaminação
Para aqueles que desejam manter a saúde em meio à animação do Carnaval, Jeane Facioli sugere ter um pack de lenço desinfetante à mão. Mas, se isso não for possível, evitar colocar a garrafa diretamente na boca e optar por canudos de papel são precauções simples que podem contribuir para um Carnaval mais seguro e saudável.
Dessa forma, ao seguir essas dicas, os foliões podem aproveitar ao máximo a festa, garantindo que a diversão seja a única lembrança do Carnaval.
Profa. Jeane Facioli possui graduação em Biomedicina pela Universidade de Mogi das Cruzes (1990) e mestrado em Ciências pelo Instituto Adolfo Lutz (2009). Atualmente é docente nos cursos de graduação em Biomedicina, Farmácia e Medicina do Centro Universitário São Camilo e em outras IES. Tem experiência na área de Microbiologia, com ênfase em Microbiologia Clínica e Infecção Hospitalar, atuando principalmente no diagnóstico laboratorial das doenças infecciosas e gestão de qualidade.
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