Conciliar os estudos com a paixão pelo esporte nem sempre é fácil — mas para a Giovanna Pessoa, aluna do 11º semestre de Medicina do Centro Universitário São Camilo, essa união é o que dá sentido à sua trajetória. Com 23 anos, ela está prestes a se formar e carrega consigo uma história marcada por disciplina, superação e amor ao conhecimento.
Da sapatilha de ponta às corridas de rua
Giovanna começou cedo no mundo do esporte. Aos 3 anos, ingressou no ballet como atividade extracurricular, e aos 8 anos já estava se profissionalizando no ballet clássico. Durante mais de 15 anos, viveu intensamente a rotina de treinos, ensaios e competições nacionais e internacionais. Ela participou de grandes eventos como o Prix de Lausanne e o Youth America Grand Prix (YAGP), e em 2015 conquistou o título de campeã brasileira no tradicional Festival de Dança de Joinville.
Sua dedicação à dança a levou, inclusive, a morar por um período na Alemanha, onde continuou os estudos em uma escola especializada. No entanto, em 2019, uma lesão no joelho mudou o rumo da sua história. Afastada dos palcos por cerca de um ano, foi nesse período que a Medicina entrou em sua vida de forma inesperada, mas transformadora.
A entrada na Medicina: uma virada de chave
“Minha vida mudou completamente quando optei por seguir o caminho da Medicina, e hoje tenho a imensa certeza que fiz a escolha certa”, conta Giovanna. O contato próximo com os profissionais da saúde durante sua recuperação despertou uma nova vocação.
Sempre dedicada aos estudos, ela soube desde o início equilibrar suas paixões com responsabilidade. Entrar na faculdade, no entanto, não foi um caminho fácil. Giovanna começou a graduação em meio à pandemia da Covid-19, fazendo parte da chamada “turma da pandemia”. Foram quase dois anos de aulas remotas, desafios de adaptação e incertezas. Mas, com organização e muita vontade, ela encontrou seu ritmo — e nunca abriu mão do esporte.
A paixão pela corrida
Depois da recuperação, Giovanna voltou à dança, mas começou a se interessar também por outras modalidades. Passou pela musculação, mas foi na corrida de rua que encontrou uma nova paixão. Seguindo os passos dos pais — especialmente do pai, corredor de longa data —, ela começou do zero e hoje já completou sua primeira meia maratona.
“Não me vejo sem o esporte em nenhum momento: seja pela dança, com tantas memórias incríveis, ou pela corrida, que hoje é parte essencial da minha rotina”, compartilha.
Uma trajetória de crescimento pessoal e profissional
Ao longo dos quase seis anos de graduação, Giovanna construiu uma trajetória marcada por aprendizados dentro e fora da sala de aula. A São Camilo, segundo ela, foi um espaço de crescimento humano. Ela destaca a importância dos professores, estágios e pacientes na sua formação, além de ter desenvolvido um carinho especial pelo projeto Promove, onde sonha em retornar um dia como docente.
A poucos meses da formatura, Giovanna vive um momento de gratidão e expectativa. “É um misto de emoções: saudade, ansiedade, animação… A faculdade voa. Hoje vejo o início de uma nova fase se aproximando, com ainda mais responsabilidade, mas também com muitas portas se abrindo.”
Um futuro promissor na medicina
Giovanna é um exemplo de que é possível ser dedicada à Medicina sem deixar de lado outras paixões. Sua história mostra como os diferentes ciclos da vida podem se conectar e contribuir para uma trajetória única. Em breve médica, ela leva consigo a sensibilidade da bailarina, a força da corredora e o coração generoso de quem quer fazer a diferença na vida das pessoas.
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